No dia 07 de fevereiro de 2015, nós do movimento cultural,
[email protected] e moradores do Beco iniciamos nosso processo de retomada da cidade. A cidade que construímos, no beco onde existimos e criamos
[email protected] [email protected], nossas lutas, nossas artes. Reivindicamos as lojas abandonadas, ruínas ociosas que vêm ao longo de mais de 10 anos afetando a segurança e a saúde física, social, ambiental e cultural do Mercado Sul.
Por acreditar que o direito de viver não deve estar submetido aos interesses da especulação imobiliária, que prefere os espaços fechados, decidimos ocupá-los e reabri-los com o proposito de recuperar mais um cantinho da cidade para a vida e convívio saudável e coletivo. Em nossa trajetória, tecida por muitas mãos e em processo de construção contínua, aprendemos que a cidade deve estar de acordo com a força coletiva que a construiu e segue construindo, que deve servir ao bem comum, ser inclusiva e participativa. A isso concordamos em chamar de Direito à Cidade e assim o reivindicamos como tantos outros grupos e tantas outras comunidades organizadas mundo afora.
O Estatuto da Cidade entende que a área ou construção urbana que não cumpre sua função social deve ser reordenada ao coletivo, ao bem comum da cidade. Afinal, a quem deve servir os bairros e a própria cidade? Assim, não podemos deixar de concluir que a situação que hoje vivenciamos viola nossos direitos e que devemos nos manter firmes em sua defesa. Nosso intuito é preservar esse lugar histórico de Taguatinga (e do DF) tanto em sua dimensão arquitetônica, quanto na escala humana, com as vidas vividas aqui e a cultura que aflora há décadas desse lugar. Aqui se constroem violas, vídeos, mamulengos, artesanatos e instrumentos com papelão e saco de cimento.
Aqui, o beco vira palco, roda de capoeira, escola, eco-feira, vira comunidade, santuário, espaço de produção e aprendizagem. Daqui surgiram inúmeras iniciativas culturais e coletivas…. Com esse movimento, pretendemos dignificar a morada e o trabalho
[email protected] que aqui residem, fortalecer as ações que já são realizadas, expandi-las e enraizá-las, assim como servir de meio e apoio para novas ações e iniciativas criando um centro de difusão e criação cultural de Taguatinga.
Convidamos a
[email protected] que querem partilhar conosco dessa luta para apoiarem esse movimento presencial e virtualmente.
Venha fazer história! Todo dia é dia de festa, trabalho, e pão!